Em 2003, o Magazine Luiza criou uma personagem virtual chamada Tia Luiza. O objetivo foi humanizar a experiência de compra no e-commerce. Mais tarde, em 2009, a personagem ganhou um novo nome: Lu, do Magalu. Mais que isso, tornou-se a “cara” da marca nas redes sociais. Nada de logotipo. E por trás de cada ação, storytelling, narrativa, boas histórias. Pronto! Lu conquistou fãs e tornou-se influenciadora digital. A sensação é que você está conectado a uma pessoa, e não a uma empresa.
Agora a Lu virou capa da Vogue. Pela primeira vez, uma influenciadora virtual brasileira é capa de uma revista. A ação faz parte de uma ação da marca com a plataforma Nordestesse, que reúne produção autoral e artesanal no segmento de moda de 18 marcas nordestinas que agora serão comercializadas no App da varejista.
Não é novidade que perfis pessoais geram maior engajamento e credibilidade em relação a perfis corporativos. Pesquisas demonstram. A questão é que o Magazine Luiza entendeu isso há muito mais tempo. E soube conduzir o projeto com maestria.
Eu sei, é estranho. Como pode uma personagem virtual ser tratada como uma pessoa? Seria uma marca pessoal? Alguém que, fisicamente, não existe! Como pode?
Mas, me diga uma coisa: você passou a vida toda consumindo Batman, Homem-Aranha, Mulher Maravilha e tantos outros super-heróis e heroínas. Afinal, eles realmente existem?
O que muda agora é o contexto e as formas, mas a criação de personagens para gerar histórias e conexão com o público não é algo novo. No caso do Magalu, pode-se dizer que a estratégia da empresa em aliar-se à força das marcas pessoais (neste caso, virtual), está provocando rupturas e fazendo história no e-commerce – com impacto sobre outros segmentos do grupo liderado por outra grande marca pessoal, mas não virtual – Luiza Trajano.
E aí, alguma dúvida sobre a força das marcas pessoais?
Sejam elas humanas, virtuais ou híbridas, as marcas pessoais geram conexão como nenhuma outra.